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Brasil | Tribo Yanomami e a politização da crise

Brasil | As fotos de índios em condições severas de desnutrição chocaram o Brasil na última semana. E não para menos. A situação dos Yanomamis – de fato – se mostra grave e necessita de todas as formas de ajuda, mas daí a politizar o fato, acaba sendo uma desonestidade intelectual, que por ser propagado pela grande mídia, resulta na manipulação da grande massa.
Foto: Ricardo Stuckert / PR
As imagens impactantes de índios com forte grau de desnutrição impressionam, mas apesar de não ser divulgado pela mídia tradicional, fato é que muitos deles vieram da Venezuela, fugindo da miséria do país vizinho.

Isso porque, grande parte do território Yanomami está localizado no sul da Venezuela, que faz divisa com os estados de Roraima e Amazonas, país que os fez fugir do regime socialista em busca de refúgio e assistência social no Brasil.

Em uma matéria da Fundação Nacional dos Povos Indígenas, publicada em dezembro de 2021, existe o registro do envio de 22,5 toneladas de alimentos a comunidades que vivem na Terra Indígena Yanomami, em Roraima. Foram entregues mil cestas básicas a famílias indígenas em situação de vulnerabilidade social.

No contexto da pandemia, a Funai investiu cerca de R$ 90 milhões em ações, entre elas a garantia da segurança alimentar das comunidades indígenas. Só em Roraima, foram quase R$ 3 milhões investidos e cerca de 10 mil cestas básicas entregues nas aldeias do Estado.

No site do Governo Federal, em matéria publicada em 2021, consta que desde o início da pandemia foram distribuídas cerca 1,1 milhão de cestas de alimentos a mais de 200 mil famílias indígenas.

De 2019 a novembro de 2022, o Ministério da Saúde prestou mais de 53 milhões de atendimentos de atenção básica aos povos tradicionais, conforme dados do Subsistema de Atenção à Saúde Indígena do SUS, o SasiSUS”, conforme nota do Ministério da Saúde publicada dezembro de 2022, ainda sob a égida da administração anterior.

Dentre outras ações da gestão anterior, consta a execução de diversas medidas de combate a ilícitos, como grilagem, desmatamento e garimpo ilegal na Terra Indígena Yanomami. Quase R$ 2 milhões foram investidos em ações de fiscalização na região desde o início da pandemia, sendo mais de R$ 30 milhões em todo o país. Só nos últimos três meses, 75 aeronaves foram apreendidas e 38 pessoas foram presas desde o início da operação para combate ao garimpo ilegal e extrusão de não indígenas e garimpeiros na Terra Indígena Yanomami.

E isso não foi divulgado pela imprensa, pois resultaria num balanço positivo do mandatário anterior, aumentando seus índices de aprovação entre o eleitorado, o que era repelido pelos editoriais dos respectivos veículos de imprensa.

Logo, por mais que a esquerda tente usar essa crise humanitária para culpar o governo anterior, os fatos desmentem as narrativas.

Até quando a notícia era louvável, a rede globo se esforçava em anunciar, no máximo, uma suposta “despiora”, fazendo malabarismos metafóricos ao longo de toda a última gestão.

Em verdade, deveria haver uma apuração junto aos líderes yanomamis, das verdadeiras causas ensejadoras dessa crise. Afinal, fica evidente a intenção de não explorar todos os lados dessa situação.

O território, no Brasil, tem o tamanho do estado de Pernambuco, que alimenta 9 milhões de pernambucanos; e a reserva tem 20 mil índios, que também – devido aos próprios costumes – contam com a caça e pesca para alimentação.

A situação está cruel e, independente de quem tenha culpa, é preciso mostrar todos os lados da mesma moeda.

É preciso agir, sim, mas não como fruto de propaganda política.

Fonte: Danielle Barbato - advogada / Folha do Estado

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