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Opinião | Os ratos da corrupção corroem a riqueza e o futuro do nosso Brasil

Opinião | Entram governos, saem governos, e uma variável parece persistir no cenário político: a corrupção. São tantos mensalões, pixulecos, propinodutos e petrolões no Brasil afora que já se começa a adjetivá-los de acordo com a esfera de atuação e unidade federativa.
• 05 de janeiro de 2023 | Opinião
| Foto: OpenBrasil.org

Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), estima-se que, aproximadamente, R$ 200 bilhões são desviados no Brasil por ano. Esse valor permitiria multiplicar por três os investimentos federais em educação ou saúde, e ainda, multiplicar por cinco tudo o que se investe em segurança pública em todo o país.

O Brasil tem uma das maiores cargas tributárias do planeta. O Resultado são EMPRESAS E FAMÍLIAS, sufocadas com tantos impostos para manter uma máquina pública ineficaz, dispendiosa e cheia de privilégios. Para manter-se operacional, o Estado brasileiro retira da sociedade 45% do PIB na forma de impostos, taxas e contribuições e ainda assim falta tudo (Educação, saúde e segurança).

Segundo o IBPT - Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário, paga-se por exemplo 33,75% de imposto em transporte público, 53,03% na gasolina, 48,28% na conta de luz, 38% na água e 32% no Açúcar. Quanto disso vai para corrupção e quanto vai para a educação?

Tal recorrência leva a um questionamento necessário: por que há tanta corrupção no Brasil?

É importante entender que o brasileiro não nasce corrupto. A corrupção no Brasil é fruto das nossas instituições, exemplo disso é a liniência da justiça para punir os políticos corruptos.

Vê-se em curso no país o desenvolvimento de um nefasto capitalismo de compadres. É cada vez mais rentável para uma empresa o investimento em “empreendedorismo político” e o atendimento às demandas de agentes públicos.

Quando tarefas tão prosaicas e, ao mesmo tempo, tão vitais ao crescimento e desenvolvimento do país, como a abertura de um negócio, a obtenção de uma licença ou o pagamento de tributos tornam-se tão complexas, é natural, e até instintivo, que se busque maneiras de contornar tais obstáculos.

Some-se a isso a falta de uma cultura de transparência e prestação de contas por parte dos poderes públicos e um sistema penal leniente e temos um ambiente perfeito para o florescimento da corrupção em suas diversas formas.

A correlação entre o grau de intervenção do Estado na economia e os índices de corrupção é inequívoca mundo afora. O rompimento desta lógica demanda a redução da participação estatal na nossa sociedade. É necessário que o governo limite sua atuação a algumas poucas áreas. Em especial a segurança, tão negligenciada no Brasil (função precípua do Estado). Por uma questão de viabilidade política e econômica (existem dilemas de ação coletiva inegáveis na prestação de certos “bens públicos”), educação, saúde e infraestrutura básicas também podem entrar neste rol de atribuições estatais (preferencialmente de forma indireta).

O bom senso e os dados empíricos demonstram que não há segredo: quanto menos recursos nas mãos de entes estatais, menores são as possibilidades de corrupção.

Obviamente a iniciativa para uma mudança de tal profundidade não partirá de nossa classe política, zelosa em manter seus poderes e privilégios. Mas políticos também são indivíduos racionais que respondem a incentivos. Cabe à sociedade dar-lhes o sinal: queremos mais liberdade e menos Estado em nossas vidas. Somente assim nos livraremos da chaga corrupção, que corrói diariamente nossas instituições (tanto políticas quanto sociais) e freia nosso desenvolvimento.

O primeiro passo é o voto consciente, ele é um forte instrumento de mudança política e social, representa a maior arma no combate à corrupção no Brasil. Nunca é tarde lembrar, VOTE CONSCIENTE.

| Fonte: OpenBrasil.org / Open.blog.br / Instituto Ordem Livre / JusBrasil

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